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Lendrio ponta-direita do Cruzeiro, Nogueirinha morre aos 98 anos Jogadores, dolos e dirigentes parabenizam Cruzeiro nas redes pelos 96 anos de histria Cruzeiro se dirige sua torcida em primeira pessoa e celebra aniversrio de 96 anos Cruzeiro celebra aniversrio de 96 anos com torcida espera de 'presente' de Gilvan
Em 1938, Nogueirinha era destaque no time do colgio onde estudava e foi convidado a fazer parte da equipe de seminaristas de Eli Mendes, municpio prximo a Varginha. Seu rendimento chamou a ateno de Osvaldo Pinto Coelho, poca presidente do Palestra Itlia (antigo nome do Cruzeiro), que estava na cidade para um amistoso contra o Eloiense. “Fui bem naquele jogo, mas s fui para Belo Horizonte depois de terminar os estudos na minha cidade.”
Menos de trs anos depois de prometer que jogaria com Niginho, Nogueirinha estreava pelo clube. Segundo o livro Pginas heroicas – onde a imagem do Cruzeiro resplandece, de Jorge Santana, a primeira partida do ponta-direita pelo Palestra Itlia ocorreu em 21 de janeiro de 1940, na derrota por 5 a 1 para o Siderrgica. Dois meses depois, aos 19 anos ele marcava seus dois primeiros gols, na goleada por 3 a 0 sobre o Atltico, em amistoso no Estdio de Lourdes. O outro tento foi justamente de Niginho.
Sem modstia, Nogueirinha se descreve como um jogador que tinha facilidade em driblar e finalizar com os dois ps. “Fazia gol at de calcanhar.” Entre 1940 e 1947, marcou 49 gols em 157 partidas, sendo pea importante no tricampeonato mineiro de 1943/1944/1945. O ex-camisa 7 foi testemunha de quando o clube mudou o nome de Palestra Itlia para Cruzeiro, em outubro de 1942, em funo da rivalidade entre Brasil e Itlia na Segunda Guerra Mundial. E marcou dois gols na primeira partida da equipe com a nova denominao, em 14 de fevereiro de 1943 – derrota por 5 a 3 para o So Cristvo, do Rio de Janeiro.

RIVALIDADE
Nogueirinha marcou oito de seus 49 gols pelo Cruzeiro em clssicos contra o Atltico, ao qual se refere como “grande rival”. “Jogos contra o Atltico sempre paravam a cidade. s vezes, dava at briga”, diz, aos risos. “Tinha um tal de Bigode que tentava me marcar e no conseguia me pegar de jeito nenhum”, afirma, referindo-se ao ex-lateral-esquerdo que defendeu o alvinegro entre 1941 e 1943 e fez histria com a camisa do Fluminense, pelo qual disputou quase 400 partidas.
Mas o ex-ponta-direita celeste, que era considerado jogador exemplar dentro e fora de campo, tambm deixou amigos no arquirrival, como o goleiro Kafunga. “Tinha muita amizade com o Kafunga. No sei o por qu, mas ele gostava muito de mim. Um dia perguntei a ele: ‘Por que seu apelido Kafunga">